Os 5 golpes mais famosos da internet e como se proteger
“O golpe tá aí, cai quem quer…”
Ser enganado é uma experiência péssima, não é mesmo? Muitas vezes, quando isso acontece, é difícil a vítima conseguir recuperar o que perdeu. Com o surgimento da LGPD (Lei geral de proteção de dados) e o aumento do incentivo à Segurança da Informação, os criminosos têm encontrado barreiras para conseguir ter sucesso em seus crimes.
A LGPD, que é inspirada na GDPR (General Data Protection Regulation), funciona como uma lei que protege a coleta, o tratamento, compartilhamento e armazenamento de dados pessoais. Ela penaliza o não cumprimento dessas regras. Entretanto, essa lei é conhecida como algo que precisa ser de obrigação apenas de empresas. É fato que as empresas são multadas em valores milionários caso violem a nova lei, mas isso não quer dizer que as pessoas não possam se inspirar na lei para se proteger também de ataques comuns hoje na internet.
Confira agora os 5 golpes mais famosos da internet e como se proteger deles, usando a LGPD a seu favor:
1. Whatsapp clonado
Provavelmente você já ouviu falar de alguém que teve o Whatsapp clonado, não é mesmo? Geralmente, o criminoso entra em contato com a vítima dizendo representar um serviço em que ela buscou atendimento em algum momento. E aí, com isso, se passando pela empresa, eles pedem os dados pessoais da vítima e pedem para ela confirmar por SMS. Dentro dessa mensagem de texto, eles enviam o código do Whatsapp. Depois disso, é uma questão de segundos para conseguirem invadir a conta.
Fique atento sempre no tipo de dados e códigos que vocês repassam para essas pessoas e sempre ativem a autenticação de dois fatores do Whatsapp para estarem sempre protegidos. Segundo a LGPD, o compartilhamento de dados pessoais para uso indevido é crime e é preciso ficar sempre atento na hora de repassar alguns desses dados.
Além disso, é importante que você entre em contato com a empresa que os criminosos usaram como isca para informar e reclamar o motivo pelo qual seus dados pessoais estão sendo vazados desta forma. Pela lei da LGPD, a empresa não pode compartilhar seus dados sem permissão, em hipótese alguma.
2. Mobile Malware
Com o aumento no uso dos celulares para resolver quase todos os problemas (inclusive bancários), os criminosos têm focado cada vez mais nos smartphones.
Segundo o site Kaspersky, um exemplo de golpe e infecção em celulares são os adwares. Este tipo de vírus pode ser instalado no aparelho através de um banner publicitário ou um link que direciona a um site malicioso.
Ao entrar no seu aparelho, é possível acessar todos os seus dados cadastrados nele e, por isso, pode ser um perigo. A ideia é sempre questionar se os aplicativos que você usa seguem as diretrizes da LGPD e se eles lotam o dashboard de anúncios. Isso faz com que o usuário acabe clicando em algo que nem queria e, com isso, caindo em cima de algum vírus e propagandas indesejadas.
3. Lojas virtuais (e-commerce) falsas
Este golpe é muito comum. Ele ocorre quando criminosos clonam a página de uma loja famosa e anunciam nas redes sociais uma promoção (que geralmente é muito tentadora). A pessoa clica, entra no site que muitas vezes é idêntico ao original e acaba comprando e dando dinheiro para os criminosos.
Para evitar essa situação, sempre preste atenção na URL do site em que você está clicando e pesquise esta mesma promoção no Google, assim, aparecerá o site original e você poderá conferir se esse valor é mesmo verdadeiro. Além disso, verifique o nome e código do boleto que estará pagando porque as informações são sempre diferentes das informações da loja oficial. E sempre desconfie de valores muito abaixo do mercado, às vezes o barato pode sair caro.
4. Romance Scammer
Este é um golpe virtual romântico em que o criminoso se aproxima da vítima por meio de redes sociais ou sites de namoro. O golpista ganha a confiança da vítima fingindo intenções românticas a fim de ganhar o seu afeto. A partir do momento em que a pessoa já está entregue ao romance, o criminoso começa a pedir dinheiro, dados bancários ou envia links disfarçados para realizar a técnica de phishing, que consiste em roubar informações através de uma URL.
5. Golpe do Intermediário
O golpe tem este nome porque são 3 partes envolvidas: o dono do veículo, o intermediário (criminoso) e o comprador (vítima). Nesta situação, o fraudador vê o anúncio em plataformas de compra e venda, demonstra interesse no carro e pede as informações sobre o veículo.
Depois disso, ele clona o anúncio com as mesmas informações e começa a informar para a vítima que vai pedir para um familiar ou amigo para lhe mostrar o carro. Então, ele entra em contato com o verdadeiro vendedor do veículo e agenda também um encontro para que o carro seja visto e a transação pareça verdadeira. Assim, a vítima faz a transferência para a conta do fraudador.
Resumindo: o valor não é repassado para o verdadeiro dono e o comprador acaba caindo no golpe e saindo no prejuízo.
Para se proteger, é importante evitar comprar qualquer produto de terceiros, fazer uma consulta com o DETRAN para verificar quem é o dono do carro e, novamente, desconfiar quando um preço está abaixo do valor de mercado. Outra dica, não faça depósitos antes de ver o carro!
Quando houver qualquer atitude suspeita, denuncie o anúncio no site para que tenham ciência de que estão utilizando a plataforma para cometer crimes. Também é um dever das plataformas identificar perfis falsos e proteger os dados dos clientes.
É importante manter-se ligado aos golpes que estão sendo feitos, bem como proteger o seu computador e se defender contra vírus ou outras ameaças virtuais em seus celulares e tablets.
Com isso, sabemos que a base da LGPD é proteger seus dados. Sempre tenha isso em mente. Você não é obrigado a repassar informações em excesso e nem para qualquer pessoa. Sempre verifique mais de uma vez quando desconfiar que existe algo errado.